Localizado em Bridel, uma pequena cidade do Luxemburgo, maioritariamente habitacional, surge o edificio de habitação com uma forma em “L” que se abre para a sua praça interior.
A cidade é rodeada de vastas florestas, onde o ambiente está em constante mutação. O ritmo marcado no ambiente natural é recriado no edifício.
Cumprindo as premissas construtivas, o edifício acolhe uma pele que o reveste, que ela própria mantem um ritmo sinuoso e acompanha os jogos de sombras vivenciados no meio natural.
O uso do revestimento em madeira na fachada promove a sensibilidade para a matéria prima, ao mesmo tempo que ela cria uma transição para os materiais construtivos de fabrico, tal como os painéis fenólicos. Esta união de materiais transcreve o elo de ligação entre o natural e o construído.
Os dois volumes que compõem o edifício são compostos por apartamentos de T1 a T3. O seu interior mantem o ambiente de simplicidade e de harmonia com a natureza. Os espaços exteriores dos apartamentos diluem-se com o seu interior. As varandas, por vezes oblíquas, convidam ao direcionamento do ponto de vista para diversos pontos da envolvente.
Mantendo o compromisso de minimizar a pegada no ambiente natural, um percurso pedonal serpenteante cria a mímica do encontrado nas florestas que circundam a cidade. Este percurso envolve o edifício na sua totalidade, garantindo a continuidade dos ecossistemas e envolvendo todas as funções essenciais de um espaço sustentável.